Os 5 sentidos e a cidade
Percorro as ruas acompanhada da ruidosa fonia dos motores. O som dos carros, do apito do polícia sinaleiro, um assobio, o tocar da campainha do liceu, o ranger de uma velha bicicleta, o mendigo, o miúdo que desesperadamente implora por um pacote de pipocas, o extravasar de alguém...
Os motores. O negro fumo penetra-me desde as narinas até ao fundo dos pulmões e galopantemente invade-me a alma. É inebriante. É intoxicante!
Vejo pessoas que se cruzam e amontoam formando uma orgia colectiva onde ninguém conhece ninguém, mas onde todos parecem prosseguir um objectivo pré-definido. Eu não. Eu vagueio. Já nada me chega. Quero mais. Muito mais!
Alguém me toca na mão. -"Desculpe"-. Será que teria sido indelicado pedir que tivesse sido mais brusco? Quem sabe assim, com um pouco de dor, conseguisse libertar-me e apreciar este pequeno passeio...
O vício: café e cigarro! Não aguento mais, tenho mesmo de parar para me saciar. Ou melhor, para me matar mais um pouco... Hmm... Delicioso aroma. Azedo como eu gosto. O café escorrega-me pelo esófago abaixo deixando-me em êxtase. Arde! Queima! Um gosto na boca delicioso, mas nunca completo. Falta sempre algo... O cigarro... Um fumo diferente que desliza, que se funde comigo. Este já não arde, em boa verdade já quase não distingo o sabor do cigarro do sabor da rua.
Os motores. O negro fumo penetra-me desde as narinas até ao fundo dos pulmões e galopantemente invade-me a alma. É inebriante. É intoxicante!
Vejo pessoas que se cruzam e amontoam formando uma orgia colectiva onde ninguém conhece ninguém, mas onde todos parecem prosseguir um objectivo pré-definido. Eu não. Eu vagueio. Já nada me chega. Quero mais. Muito mais!
Alguém me toca na mão. -"Desculpe"-. Será que teria sido indelicado pedir que tivesse sido mais brusco? Quem sabe assim, com um pouco de dor, conseguisse libertar-me e apreciar este pequeno passeio...
O vício: café e cigarro! Não aguento mais, tenho mesmo de parar para me saciar. Ou melhor, para me matar mais um pouco... Hmm... Delicioso aroma. Azedo como eu gosto. O café escorrega-me pelo esófago abaixo deixando-me em êxtase. Arde! Queima! Um gosto na boca delicioso, mas nunca completo. Falta sempre algo... O cigarro... Um fumo diferente que desliza, que se funde comigo. Este já não arde, em boa verdade já quase não distingo o sabor do cigarro do sabor da rua.
De repente paro: observo, cheiro, ouço, sinto e saboreio... Está tudo bilateralemente fundido à minha volta. O café com o cigarro, uma mão que toca noutra, os olhos e o espaço que eles vêem, os motores e o fumo, o barulho e a cidade, assim como o silêncio e o campo são indissociáveis. - "Mas que raio!" - exclamo! Eu sou só, estou solitariamente só. Sendo assim, porque é que tudo que me rodeia está intimamente ligado a uma outra coisa qualquer? Os objectos e as pessoas não serão capazes de deambular isoladamente? Parece que tudo se une compondo uma sinfonia perfeita e logicamente inquestionável. O meu destino não é (nem pode ser) viver para a minha outra metade, que por acaso nem sei bem qual é! Não vale a pena procurar algo que não sou capaz de perceber. No entanto, vale sempre a pena questionar!
3 Comments:
You have an outstanding good and well structured site. I enjoyed browsing through it History of ferraris Lickers ass fetish videos baccarat systems techniques Pharmacies that dispense xenical baccarat betting casino online tip venlafaxine withdrawl infant allergies food http://www.massivecockswmv.info/Interracial_sex_video_sample.html effects of klonopin Buick new Find person through phone number Privacy and email distribution lists had dildos and
11:53 da manhã
You have an outstanding good and well structured site. I enjoyed browsing through it Answering services storrs mansfield connecticut clomid and birth defects 2004 dodge ram cummin Excellent fico score
11:45 da tarde
Keep up the good work » »
4:53 da manhã
Enviar um comentário
<< Home