Feliz Natal
Hoje acordei com o barulho que a minha mãe fazia a tirar as loiças dos armários. Estava na cama e ouviam-se as pessoas na rua que carregavam as últimas compras e que comentavam o aspecto do bolo-rei deste ano. Liguei o telemóvel e estava cheio de mensagens sobre paz e amor. Levantei-me e fui conduzida à cozinha por um cheiro maravilhoso a canela. No tacho estava a acabar de ser cozinhada a aletria. Chegara mesmo a tempo de a poder provar e constatar como estava doce. Era a minha vez de ajudar, pois como minha mãe diz tenho de aprender para um dia também poder fazer. Envolvi-a com ovos caseiros, porque são mais amarelos, dão mais cor à aletria e afinal de contas também se come com os olhos. Voilá estava pronta, agora era só por na travessa.
Passei a manhã assim, entre rabanadas, mexidos (ou formigos como se diz na terra da minha mãe) e sonhos. Tomei um banho rápido para tirar o cheiro a fritos do meu corpo e vesti uma roupa vermelha, porque neste dia visto sempre vermelho. Depois de almoçar é altura de escrever uns últimos cartões, embrulhar umas últimas prendas e esconder as prendas dos míudos, pois elas não estão em casa dos avós mas sim na casa do Pai Natal. Depois fui buscar o bacalhau que estava de molho em casa da minha avó porque as suas costas já não lhe permitem carregar o peso, fiz uns últimos telefonemas, até que meu pai chegou com o bolo rei. Agora é hora de ir a casa de algumas pessoas desejar bom natal e distribuir prendas, para depois começar a preparar a requintada mesa natalícia e esperar que a casa se comece a encher de calor humano e alegria. Ainda bem que é Natal e estamos todos juntos!
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